segunda-feira, junho 29, 2009

Alcochete a Ferro e Fogo

Pedro Barbosa está na sua rústica casa de campo a comer um croissant com recheio de ovo. Um mega croissant, refira-se. Desloca-se na cadeira de rodas até à janela e ao fim de longos 15 minutos consegue finalmente vislumbrar a lassidão da paisagem. Ao fundo, uma nuvem de fumo parece indicar o fim da tranquilidade: era Rui Costa, o santo que fez o milagre de sacudir a água do seu casaco Hugo Boss (versículos de São Costa, 16:9), varrendo a planície a espumar de raiva.
Barbosa, com a sua placidez habitual, rumina mais um pouco o seu croissant e deixa-se estar.
- Eu é que não era maluco para começar a correr com este calor todo… - pensa com a sua franja que tomba resignada sobre a testa.

Costa, o santo que fez o milagre de gastar todo o orçamento do Malawi em contratações do calibre de Balboa (versículos de São Costa, 4:3), avança imparável destruindo azinheiras, esquartejando bolotas, dilacerando os bonecos Playmobil do Miguel "o Miguel" Veloso, escavacando as ene balanças do Rochemback, incendiando os pneus do seu patrão e disparando indiscriminadamente a sua metralhadora como se fosse o Rambo no Afeganistão. Ainda estrangulando um esquilo, chega à janela térrea donde espreita Barbosa.
- Eu passo-me quando não vejo condições! Eh pá, dá-me cá uma raiva que nem queiras saber! Parto tudo o que vejo à frente! – desabafa Costa.
Barbosa prefere dar início ao croissant com pedaços de amêndoa na cobertura. Não responde.
- Mas isto é o quê, pá? Jogar à bola na relva? Na relva? Mas aonde é que chegámos, pá? A relva é para os bois e para as vacas não sagradas, pá! Não é para mim! Essa porcaria está cheia de pesticidas, pulgões e ácaros da mais variada espécie! Só admito espalhar classe num tapete de veludo beatificado pelo vinho santo do São Vilarinho (versículos de São Costa, 7:1)!
- Hmm, hmm – grunhe Barbosa. Provavelmente, sentindo a delícia do praliné gostoso.
- E que porcaria de entrada em campo é esta, pá? Eu ando sobre as nuvens ou sobre a água… mas sobre a terra batida? Ó Barbosa, isso é mesmo para provocar-me, não é? Tu queres que eu me passe dos carretos, não é? – e dito isto, Costa parte violentamente um vaso que estava no parapeito. Barbosa demora alguns segundos a responder.
- Eh pá, não me partas a louça!... Tenho tantas dificuldades para a pagar… Agora puseste-me triste e já não me apetece falar mais… Vou afogar as minhas mágoas num vulgar croissant de chocolate. Ou melhor, num pastelinho de nata, que está mais queimadito, coitadinho… Eu tenho muita pena dos pobrezinhos…
Mal Barbosa finca o dente misericordioso no pastel, Costa abespinha-se:
- Esse pastel não tem condições! Alertei a ASAE e eles não fizeram nada quanto a essa questão! Essa porcaria só aumenta o colesterol! E isso deixa-me… furibundo! AHHHHH!!!!! – ao mesmo tempo que grita, Costa imprime uma sacrossanta cabeçada na persiana, desfazendo-a em pedaços.
Barbosa, de boca cheia, tenta por tudo mover-se para agarrar e acalmar São Costa, mas só consegue mexer ligeiramente o indicador enquanto cospe um bocado do pastel:
- Ó ‘Osta… ó ‘Osta, ‘tá lá ’ieto com isso... assim ‘ás-me ‘abo da ‘asa…
- Mas qual casa, pá? Isto é um casebre sem condições! Isto é o terceiro mundo! Pensava eu que eras um visconde!...
- Tenho uma casa humilde. Por favor, não me destruas os estábulos nem importunes as éguas. Pode ali estar um novo Ronaldo e eu preciso disso para comer.
- Ronaldo?!? Bah, um jogador sem condições para o Benfica!
- … mas olha que ele é caro como o caraças…

São Costa ouve falar em coisas caras e refreia os seus ímpetos.
- Mas… caro, como assim?
- Muito caro.
- Tipo… bué, bué caro?
- Caríssimo. Do mais caro que pode haver.
São Costa escuta uma música celestial e um halo de luz desce dos céus, envolvendo todo o seu fato Armani. Hossanas ao Senhor, podia estar ali o novo reforço! Costa está muito interessado em saber mais.
- Hmmm… E o tipo joga bem?
- Então não? É do melhor.
Costa enfurece-se outra vez.
- Eu logo vi! Não tem condições! Tem de ser caro e não valer a ponta de um corno para ter lugar no plantel! O verdadeiro símbolo do Benfica sou eu!

Barbosa já chupa os dedos e lança um olhar apaixonado sobre a travessa de bolinhos de coco que repousa sobre a sua caminha de feno. Nota-se que Barbosa gosta de comer enquanto os outros estão a falar e por isso tenta prolongar um bocado a conversa.
- Mas o símbolo do Benfica não é a águia Vitória?
- É um animal sem condições! Só eu possuo condições ideais!
- E antes não era o Eusébio?
- Tem algumas condições, nomeadamente no que concerne à identificação do marisco… mas não chega!
- E porque é que tu…
- Porque eu sou do povo e tenho um BMW topo de gama, estofos de cabedal e jantes de liga leve, que conduzo com alto estilo e óculos Ray-Ban a condizer, ´tás a ouvir? Quase quarenta anos e um cabelo de pedir meças ao Mick Jagger, ´tás a ver? Sem um cabelo branco que seja! E tu, ó visconde falido?
- Tenho um tractor agrícola Same. Dá jeito para apanhar a azeitona.
Costa, o santo que tem a mais bela voz de todos os directores desportivos que fumam nos túneis de acesso (versículos de São Costa, 68:70), exaspera.
- Percebes agora o que te digo? Não tens condições!
- Não menosprezo o meu tractor – defende Barbosa, tirando a cereja cristalizada do topo do seu bolinho – Só eu sei a adrenalina que senti quando dei 30 Kmh pela estrada que vai do pavilhão ao relvado… sem capacete. Sempre a rasgar. Sempre nos limites. Uma loucura.

Entretanto, ouve-se o galo cacarejar e chegam notícias que dão conta que o jogo dos miúdos tinha terminado. Costa e Barbosa ficam frente-a-frente, num longo momento de embaraço, sem assunto para desenvolver. Costa, olhando para todo o rasto de destruição que deixara na modesta herdade de Barbosa, tenta improvisar uma despedida.
- Pá, então… Ficamos assim… Havemos de marcar um jantar um dia destes...
Barbosa aceita a sugestão com agrado, parando por instantes o seu semi-frio de café.
- Isso pode ser. Pagas tu? Sabes que eu ando um bocado à rasca… e agora ainda tenho de pagar o que tu partiste…
- Paga a imprensa – decide São Costa – Que esses trastes sirvam para alguma coisa! Ando cá com uma raiva a esses gajos!... Eu já os conheço a todos muito bem e tenho respostas muito boas para eles... Do género: eles perguntam-me “ah e tal, fulano e sicrano” e eu faço aquele sorriso malandro a mascar pastilha e só lhes digo “amigo, eu não papo grupos!” e eles ficam a andar à roda! Tomem lá! Quando penso nisso fico cá com uns azeites!...
Barbosa apazigua:
- Não penses mais nisso. A culpa é do Porto.
Costa é atingido em cheio no seu coração. Estabelece-se uma súbita empatia. A ira transforma-se em sorrisos.
- Nem mais! Nem mais! Pá, tu quando queres até sabes! Desculpa lá a maçada, ó Barbosa! Dá cá um abraço! Amigos como dantes?
- Tudo bem… pode ser… cuidado, não me esborraches o éclair. É o último e acho que dei um mau jeito no braço quando me estiquei para ir buscá-lo.

sábado, junho 27, 2009

Flama, o homem que todo o clube chama

Flamarion
Sim, Flamarion!!

Nao me digam que se tinham esquecido deste defesa brasileiro.
De seu nome, Flamarion Petriv Abreu. Já se lembram?

Pousou em Guimarães onde foi titular indiscutível. 30 jogos em 2001-2002. Numa equipa onde pontificavam Abel, Bessa, Rog. Matias, Cléber e William na defesa. E um ataque demolidor com Guga, Laelson, Fangueiro, Romeu e Sion. Grande tempos deste Vitória...

Mas voltemos a Flamarion.
Que foi feito deste senhor? Pois bem, rumou ao Estrela da Amadora, onde mais uma vez foi titular! desta vez treinado pelo sr chicla de boca aberta - Jorge Jesus.

Na epoca seguinte, Flamarion pensou: " fogo, na amadora? nem pensar! Ouvi dizer que na Maia é que se vive bem" e assim foi. Mais um ano titularíssimo. numa equipa com Erivan, Bodunha, Ricardo Nascimento, Saulo, Basílio.
Mais uma vez Flamarion mostrava a sua raça com 25 jogos.

Mas para mal dos nossos pecados, parecia não gostar de estar mais do que 1 ano no mesmo clube. Então rumou à Coreia Sulista, no Deajon. Depois Arábia Saudita, no Abha.

Depois... Mixto Coritiba! Que carreira, meu deuuuuuuuuus.... que orgulho.
A seguir o CSA de Alagoas e no ano passado o Caldense.
Digam lá que não foi uma poesia estas ultimas 3 linhas de clubes de futebol.

Obrigado Flamarion, por teres passado pelos relvados portugueses. Serás o ídolo de muita juventude.. quer dizer, de muita nao.. mas pronto, de algum. Principalmente aí em Caldas do Brasil!

domingo, junho 21, 2009

Rogério, o Matias

Rogério, o Matias..

dos poucos esquerdos, esquerdinos, canhotos.. vá, pé esquerdos nacionais.
A nossa selecção podia tê-lo aproveitado mais, é um facto, mas há 8/9 anos que andamos a adaptar jogadores a essa posição.. é o destino!

No meu tempo, quando eu era uma criança, ou seja quando eu era um Ricardo Labrecas depois de sofrer um golo, diziam que canhoto era mau e puxavam-me sempre para ser destro.
Ora agora pegam nos destros e tentam pô-los a canhotos.. ou então pegam nos médios que gostam de jogar a construir.. e põem-nos a construir buracos na defesa.

Bem, mas falando de Rogério O Matias, encontrámos esta bela foto no nosso baú de arquivos cheios de pó (ou será ? Ou Plinio? Ou Pinha? ou Peu) e teias de Beto Mãos d'Aranha.


















Espectacular.. esta foto feita na Maia, 10 minutos depois de Rogério ter ido ao cabeleireiro. Como é óbvio, este plantel liderado pelo Major e com a presença do esguio Miguel Barros, fazia merecer um jogador como este. Rogério Pedro Campinho.. reforço.... Campinho Marques Matias.

Subiu a pulso na carreira, sempre com esta imagem de marca do belo cabelo.
Nunca tinha encontrado alguém à sua altura.. e por isso no final da carreira pensou "Ê porque nâum jugári, compadris, onde alguém tenha um cábêlo à minha altûra?" (Rogério é ribatejano, fala assim)

E assim foi, obtendo este momento histórico que os nossos repórteres conseguiram sacar:













Palavras para quê? São 2 artistas capilares dos capilares relvados capilares portugueses.

segunda-feira, junho 15, 2009

Chamar a Música - A Sequela

Prometemos que iríamos regressar com mais uma ligeira incursão pelas profundezas sórdidas e insalubres do satânico casamento entre a bola e o mundo da música, e quando Cromos da Bola SAD promete, Cromos da Bola SAD cumpre.

Vota Cromos da Bola SAD.

Prosseguimos com um álbum que fez furor em 1997, um ano de boa colheita, que contou com surpreendentes clássicos do calibre de "O Meu Transistor Não Tem Pilhas" de Nicola Spassov, ou "Songs From Niksic" da revelação Drago Poleksic's Big Band.

Falamos obviamente de "Pequeñito en Old Trafford", o disco de estreia de Costa.


















Quatro cançonetas agridoces, imbuídas de uma ingenuidade desarmante e de um talento a toda a prova. Um tetra de chansons de travo gaulês, regadas com uma leve fragrância a escândalo.

O surpreendente petiz bracarense, lançado às feras pelo criativo produtor Tony Oliveira, mostra-se ao Mundo com a candura própria de quem sonhou um dia acariciar os maiores palcos planetários, e os afagou com a inexperiência própria da primeira vez.
E como não há amor como o primeiro, este álbum terá marcado definitivamente a carreira do noviço baladeiro, que se despede dos seus recém conquistados fãs com a derradeira faixa do álbum, a comovente "Au Revoir (el dulce beso de la muerte)".

De um beijoqueiro para outro, desta feita narramos as sensuais desventuras do indiscutível rei das lusas redes, pintadas a tons de sedução vocal.
Neno quer deixar uma marca indelével nas nossas almas, e sobretudo na nossa retina. Como tal, decide martelar-nos a visão com sete impressões do seu nome em maiúsculas, e mais três para a sobremesa, em minúsculas.
Questiono-me: Qual será mesmo o nome do álbum?













Será "NENO NENO NENO NENO NENO NENO NENO" ou "neno neno neno"? Ou ainda "NENO NENO NENO NENO NENO neno neno neno NENO NENO"?
Só sei que nada sei. Isso, e que o referido álbum será de certa forma homónimo. Provavelmente pluri-homónimo.

Para um artista cujo momento mais alto passou por ficar com o maxilar preso na rede, cheira-me a demasiado pretensiosismo...mas claro que o meu olfacto ficou irremediavelmente danificado desde que fui ao Festival do Feijão de Bucelas com o Odaír, o Pu e o Vinícius.
De toda a maneira, o meu sentido auditivo ainda está aí para as curvas, portanto podem contar com futuras versões da relativamente-premiada rubrica intitulada "Chamar a Música".

segunda-feira, junho 08, 2009

Cabelo À Homem (De Nkongsambaau)

Estava aqui a pensar com os meus Honi Serges: “tens mesmo cara de quem nasceu em Nkongsambaau”.


















Depois fizeste-me sentir melhor por nunca cortar o meu cabelo em Leiria.
E tu também não me pareceste muito satisfeito com o tratamento estético: mal fugiste da vista do feudal Bartolomeu, saltaste a fronteira e implantaste um tapete persa de qualidade duvidosa comprado ao tio-avô do Quaresma, logo ali a sangue frio na traseira da sua Ford Transit.

Com resultados avassaladores, diga-se de passagem:

A tua carapinha brilha no escuro, tal como um pirilampo mágico na área, constituindo o farol ofensivo para onde choverão bolas de pânico à medida do teu portentoso 1,73m.
Esta nova coloração também faz parte de um tratamento anti-lêndeas revolucionário. Um tratamento revolucionário para as próprias lêndeas, bem entendido, que têm na tua cabeça o seu resort de luxo com direito a spa e tudo. Ou seja, és uma espécie de Quitoso ao contrário.

Tu és mais que uma simples simbiose entre homo sapiens e pêlo de furão. Consigo distinguir em ti ligeiras fragrâncias de Abel Xavier e noto que piscas o olho ao Wesley Snipes. Se eu tivesse que arranjar um termo de comparação, diria que és um troll ao qual faltou correr o 2º CD de instalação do software. Mas como não tenho, coloco antes um termo às comparações.

Mesmo com essa performance capilar que pede meças a qualquer um dos vários Miguéis Velosos que andam por aí a destilar aversão aos pronomes, continuo a dizer: “tens mesmo cara de quem nasceu em Nkongsambaau”.
É um grande Gal.

terça-feira, junho 02, 2009

Champions League

Prestamos hoje a merecida homenagem a alguns dos mais ilustres campeões da nossa deprimida, porém sempre cromática Nação.

Começamos pelo topo; Liga com nome de cerveja que não é super, nem mítica goleadora de divisões inferiores, mas sim navio de referência e símbolo maior da Marinha Portuguesa.

De um trago só, a referida Liga foi uma vez mais engolida pelos senhores do costume, sempre sedentos e com vontade de beberricar uma loira fresquinha que recompense a longa caminhada, aqui e ali salpicada de cromicidade.


















E já que de cromicidade falamos, que seria desta conquista sem um pequeno canhoto argentino, ex-suplente de Lanús, clube atlético e sem feitos de monta para se gabar? Estaremos certamente a falar de uma mini e não um príncipe, apesar do dançável tango que nos terá sido propiciado.

Nélson, bebe amigo, pois logo serás expulso da mesa. Não tens culpa que outros prefiram o green, outros funcionem a diesel, e que no fundo, ninguém aprecie a mini. Mas deixa lá esses sacripantas, e pede mais uma para a viagem. Pagamos nós.

Arrumada a cerveja, desta feita tratamos de água, símbolo de pureza e juventude. Apesar da Liga que dela tem o nome ter sido relegada para segundo plano, vital continua a ser.

E já que de H2O falamos, nada melhor que recordar a intemporal cançoneta de um jovial baladeiro setubalense, que relatava um amor impossível - de duas vidas separadas pelo tempo. Duas lágrimas caindo no momento em que se acende a dor. Olhos de água. Não deixam de sentir. Olhos de água.

Seu nome era Toy, e da vivaça altivez de sua mosquinha berrava para que soubéssemos que as meninas sem par só poderiam dançar se chamassem o António.

Mas em Olhão, outro Toy procurava a redenção de uma partida em falso. Agora no sprint final daquilo a que eufemísticamente chama de "carreira", o ex-futuro-Eusébio e actual sobrevivente da condição física conhecida por Mawetakwápepatoy, assinou o tento que colocou a bejeca na calejada mão do S.C. Olhanense, agremiação que há 34 anos não sorvia o cálice do prazer original.

Porém, os 6 golos e 7 amarelos do avançado ex.quase.futuro@pantera.negra.pt nunca teriam sido possíveis sem o criativo Deus que arma o jogo algarvio. Messi, o símbolo do futebol romântico que persiste em mastigar o calcio mecânico-musculado e a cuspi-lo com desprezo. Com Messi em campo, a mais bela escultura de Donatello toma vida sobre o relvado, com a comovente anuência de Rudolf Nureyev observando em plié todo este quadro digno do pincel de Gauguin.
Obrigado, Mágico Messi. Olhão te ama, coño.

















Na Invicta, não houve apenas uma agremiação de copo na mão. Na estação de metro de Vidal Pinheiro, festejou-se durante um mês inteiro.
A II Distrital já é passado, um pesadelo do qual Cao acordou com suores frios e espancou violentamente até ele se retirar e pedir perdão por ter existido.

A Fénix voa, minha gente. A Fénix sobe, altiva, orgulhosa, e com a certeza de não queimar as asas como Ícaro. Pois Ícaro era um jovem valoroso, mas não tinha a ajuda de um Falmeida. Não tinha Renato de seu lado. E todos sabemos que Cao é o melhor amigo do Homem.

Os campeonatos profissionais já não são apenas um sonho, são um objectivo palpável e sedutor, que sorri provocador, piscando o olho à Fénix. Porém, precisará a Fénix de mais ajuda?
A caixa 5, sector 2 da Exponor está sempre aberta. Mesmo para quem tem mais do que 5 unidades.

Finalizamos com um campeão que não o foi.

O boné da JCA viajou até Oeiras, em ambiente festivo e protegendo inúmeras sardinhadas do impiedoso sol. Porém, veio de lá vazio, sem taça e sem massa.
Mas um campeão faz-se de taças, ou da forma inequívoca como arrebata corações e conquista almas diletantes?


Hoje, meus amigos, habemus campeone. Ferreirem-me os Paços, pois Jorginho levou o Senhor Bigode à final da Taça Millenium, depositando uma saudável dose de verdadeirismo nos cofres depauperados da portugalidade, e passando um peludo cheque endereçado a todos nós.

Jorginho cultivou, Jorginho deixou crescer, e Jorginho disse: "Para vocês, Portugal, um cheque no valor de 5.000 juras de amor."

E nós, companheiro Jorge, nós seremos a tua muralha de palha d'aço.

Campeão allez.
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